JAPARATUBA: Os novos caminhos da política partidária – Parte I

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Prólogo

A votação da abetura do processo de impeatchment da Presidente Dilma foi a declaração de cada partido sobre o rumo que os mesmos teriam nas eleições de 2016. Então, o político que não observou esse fato achando que a decisão nacional não afetaria a decisão local quebrou a cara!

PC do B e PRB, partidos que sofreram manobras por interesses políticos

O PC do B, na época presidido por Bomfim da Capoeira, através da estadual teve sua direção municipal transferida pra o grupo do ex-vereador Zé de Nelinho, fazendo com que seus antigos filiados e corregiilionários migrassem para o PRTB.

Já o PRB, à frente de Luciano do Posto (Luciano Mendonça), foi surpreendido por Sukita sobre a mudança de direção municipal e consequente adesão de seus correligionários. O que fez com que o agrupamento fizesse nascer em Japaratuba um novo partido, o PMB.

Qual a diferença pra o PSB agora? Apenas o prazo eleitoral. Não dá mais tempo para que os filiados que não concordam com a decisão estadual ou nacional do PSB e não de outro partido ou líder político (não confundir as coisas).

Quem toma partido de quem?

Em política partidária essa é uma prática comum para as articulações políticas. É evidente que tanto A como B ou C fariam alianças que é normal entre partidos que dialogam e compartilham ideias afins.

Somente o comando (presidente) do partido é quem bate o martelo. Quem dera que qualquer político tivesse esse poder de desagrupar partidos.

Substituição de candidatos deve ocorrer 20 dias antes das eleições

Somente nesse prazo é que o povo saberá em quem realmente poderá votar nas eleições de 02 de Outubro, pois, até esse período é possível que os grupos políticos indiquem novos candidatos a prefeito diferentes daqueles escolhidos nas convenções.

Lei na íntegra:

  • Art. 13 (…
  • (…)
    § 3oTanto nas eleições majoritárias como nas proporcionais, a substituição só se efetivará se o novo pedido for apresentado até 20 (vinte) dias antes do pleito, exceto em caso de falecimento de candidato, quando a substituição poderá ser efetivada após esse prazo. (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013).

E agora, quem está certo?

Tem muito sujo falando do mal lavado. A primeira atitude ética é a do povo nas urnas. Sem se deixar levar pela emoção. Está na hora do povo acordar!

PRÉ-CANDIDATOS A PREFEITO DE JAPARATUBA: Quem são e quantos são?

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Japaratuba – SE.

Japaratuba, 54 km distante de Aracaju, começou com vários nomes para concorrer à chapa majoritária. Eram eles: o atual prefeito Hélio Sobral Leite, a ex-prefeita Lara Moura, O vereador Rui Brandão, o ex-prefeito de Capela Sukita, Luciano do Posto e, Manuel Pedreiro (PSOL).

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Japaratuba, terra de Arthur Bispo do Rosário.

Com a aproximação das eleições, as peças foram arrumando-se. Luciano do Posto (PMB) anunciou sua mudança de estratégia, adiando seu projeto majoritário para 2020 – passou a apoiar o agrupamento da ex-prefeita Lara Moura. O referido, Luciano Mendonça, é professor no IF-SE e mora em Japaratuba há alguns anos, sendo exemplo de empreendedorismo e geração de emprego.

Lara Moura (PSC), ex-prefeita (2009-2012), venceu em 2008 o hoje prefeito por 778 votos de diferença, o que a torna legítima favorita a retornar ao cargo. Seu histórico demonstra uma grande força política, sendo derrotada em 2004 para o saudoso Pe. Gerard por apenas 49 votos e em 2012 por 162 votos de diferença, portanto, resultados bastante apertados. Agrupamento comandado pelo atual líder do Presidente da República no Congresso Nacional, o Dep. Federal André Moura.

Hélio Sobral Leite (PMDB), o atual prefeito traz em seu currículo uma mancha histórica: 4 meses sem pagar aos funcionários públicos no final do seu primeiro mandato em 1996, rompendo com o Pe. Gerard. Atualmente, herdeiro político do padre, tem uma gestão conturbada com atrasos de pagamento, entre outras ações que inviabilizam seu retorno ao comando em 2017, sendo passível de aliança com o ex-prefeito de Capela.

Sukita, ex-prefeito de Capela, chegou somando-se ao pré-candidato Rui Brandão (vereador, um nome neutro, oposição aos dois principais grupos políticos de Lara e Hélio – seu rompimento com o grupo do prefeito indicaria sua intenção para uma futura chapa majoritária). Sua gestão em Capela foi marcada por obras e desenvolvimento social, porém, no último dia do mandato, denúncias de que teria sacado mais de R$ 1.000.000,00 (Hum milhão de reais) na boca do caixa com cheque nominal botou à prova sua reputação, principalmente por não ter conseguido eleger sua sucessora. Foi preso e não conseguiu assumir mandato pra Deputado Estadual conforme votação das urnas.

Manuel Pedreiro, ou simplesmente o PSOL, é o atual nome em destaque desde que surgiram as terceiras vias, inicialmente em 2000 com Augusto Neto (PV), depois em 2008 com Carlos de Quirino (PSOL) e em 2012 Profº João Batista (PSOL). Seu nome foi lembrado por ter sido líder estudantil nos anos 80 e 90, além de ser uma figura pública sem histórico na política local como gestor, o que lhe credencia a uma nova opção e alternativa política para os descontentes com os três principais líderes de grupos políticos: Lara Moura, Hélio Sobral e Sukita.

O quadro político ainda terá vários desdobramentos, uma vez que os três principais candidatos sofrem processos na justiça e terão que ser confirmados ou mudados seus candidatos em até 20 dias antes do pleito eleitoral conforme legislação eleitoral vigente.

Assim, o quadro atual resume-se em:

1. Lara Moura (PSC)

2. Hélio Sobral (PMDB)

3. Sukita (PTN)

4. Manuel Pedreiro (PSOL)